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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Texto da colega e amiga, Ana Luísa Lopes Moraes... Sintonia...

Acordei com a sensação de que precisava escrever, de uma certa maneira agora entendo a necessidade de certas pessoas em escrever. Chega um momento de nossa vida, que foge de nosso alcance estar dentro de nosso corpo e como almas inquietas, saímos a procura de um rumo que nos explique onde devemos chegar.
Acredito em princípios que me levam a conclusões, que o homem, quando age pelas convenções de suas almas, literalmente está fora deste mundo, quebra paradigmas e estabelece uma interrelação com algo que não pertence aos homens terrenos.
Almas como próprio termo diz, algo fora do plano palpável, como pode ter sido oferecido ao homem o direito de possuir algo que, em um simples encontrar de olhos, ou palavras que te deixam extremamente abalada, poder estar de posse de algo tão intenso. Somos seres frágeis e  não deveriamos ter  posse de algo tão avaçalador, que pode ao menor deslise, acabar com toda uma construção que achavamos perfeita. Fenômeno da  natureza, deveria ser agregado  o conceito para o substantivo alma, algo abstrato e que consequentemente perigoso e muito, mas muito, avaçalador.
No momento em que damos este direito, as nossas almas, estamos definitivamente perdidos, nos é roubado o direito de participarmos de tudo, que a sociedade nos presenteia, como padrões morais e éticos, agora sei que conceito de padrão social não existe, são barreiras para impossibilitar nossas almas de fugirem de nossos corpos, são conceitos criados para limitar o que sentimos e principalmente nos conduzir para um mundo plano e limitado de emoções intensas. Só de  poder estar pertos destas emoções, sem nem mesmo chegar ao encontro do universo, faz com que nos seres ditos mortais, nos tornemos  tão mediocre e pobres de encantamento. O Universo deveria se caracterizar pelo encontro de almas, ou melhor pelo ato de poder estar longe de seus corpos.
Percebo agora porque certas leitura se tornam tão intensas, no qual o autor, dessas obras, nos faz a gentileza de nos brindar com palavras que, nos prendem e nos desligam, estes textos são almas superando as barreiras do corpo, almas que, com tanta intensidade, saem a procura de um rumo, ao qual possam expressar toda a sua beleza e harmonia. Ficar por um momento observando e sentindo um coração bater já es belo, imagina aproximar-se de uma alma, escolher o momento em que ela deve sair das dimensões do corpo, possibilitar uma expansão de limites.  Dar a chance de poder sentir todas as emoções, sorver-se dela lentamente como se fosse um calíce de vinho.